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Vila Maria é uma pitoresca e majestosa vila coberta de neve, onde samurais de grande honra convivem harmoniosamente com habilidosos ferreiros. Esta vila, situada nas montanhas geladas, é conhecida não apenas pela bravura e habilidade de seus guerreiros, mas também pela qualidade incomparável das lâminas e armaduras produzidas pelos ferreiros locais. O cenário é dominado por telhados brancos e caminhos cobertos de neve, com o som constante do martelar de metal ao fundo, criando uma atmosfera única de tradição e resiliência.
A conversa com os irmãos revela mais detalhes sobre o serial killer, inclusive o nome que havia recebido, Kikoemon. Além disso, detalhes sobre como ele operava pareciam ser conhecimento geral, o que facilitaria as investigações. Antes de ir embora, respondo à pergunta do jovem de cabelos azuis e às ponderações de Opala sobre o caso.
Bom, nosso motivo não é altruísta, mas também não é nefasto. Nós viemos aqui à procura de ferreiros que possam se relocar, saindo do País do Ferro. A ideia é que trabalhem em um vilarejo, municiando ninjas com armas e equipamentos de qualidade. Mas seria uma profissão mesmo, não uma escravidão. Não temos interesse de explorar a dívida como os Ronin da Kuroi. Pela situação que seu irmão se meteu aqui, novos ares o fariam bem. Também seria benéfico para vocês, já que escapariam dos cobradores.
Opala-san, já é a segunda vez que eu ouço você afirmando que as evidências e provas apontam contra ele de forma incontestável... mas em nenhum momento ouvi raiva em sua voz ao mencionar seu irmão. No fundo, você não acredita que ele tenha cometido isso. O mundo é vasto, existem poderes que fazem coisas que você consideraria inacreditável. Eu conheço pelo menos duas formas que colocariam seu irmão nessa enrascada deixando rastros, e uma que faria isso sem deixar um rastro sequer. Pelo que você conhece dele, da convivência que teve por tantos anos, acha que ele seria de capaz de fazer o que está sendo acusado?
Depois disso, o próximo passo seria viajar para a Vila Maria e encontrar Mifune. O problema é que para isso, a presença de Yoru poderia ajudar bastante. Sendo assim, o plano seria montar um pequeno acampamento perto da costa, mas distante já do vilarejo. Aguardaríamos a chegada dele ali antes de progredir para a vila.
Chegando no local, faríamos duas coisas de imediato. Primeiro visitar as diversas forjas para avaliar a qualidade dos produtos. Além disso, ficaríamos atentos a possíveis diálogos que envolvessem ninjas de Kumo, Kikoemon e oportunidades para levar um ferreiro ao País dos Redemoinhos. Enfim, faríamos um scout inicial do terreno. Além disso, converso com Yoru expondo o meu plano, peço sua opinião e vejo se ele consegue facilitar um contato com Mifune. Deixo claro que esse contato já ocorreria com a revelação de nossas verdadeiras identidades. Era improvável que um simples Henge segurasse por toda a missão, então era melhor antecipar o problema.
Entendo... ao que parece, o irmão deles foi vítima de uma injustiça bem orquestrada.— Estamos lidando com um homem furtivo muito bem municiado e que conseguiu imputar crimes perfeitos a outra pessoa. Se eu dissesse que é possível que eu e os outros possamos enxergar o tal Kikoemon, vocês acreditariam? Não que seja uma certeza, mas não podemos descartar a hipótese. Completo o que o Yashin falou, indicando que temos a chance de capturar o verdadeiro culpado. — Então, se vocês estão de acordo com nossas condições, acho justo jogar algumas cartas na mesa. Nosso aliado deve se direcionar para cá nos próximos dias, e sua presença e conhecimento no mínimo agregariam bastante às nossas ações. Ao que parece, o Mifune não quer executá-lo por contra própria, então temos alguns dias até a aplicação da pena capital. Até lá, podemos antecipar coisas da nossa missão primária.
[...]
Já no acampamento, percebia que alguns sentimentos meus pareciam aflorar. A sensação de injustiça e de estar assistindo a um complô me remetia bastante ao que vivemos em Kumogakure no Sato, ou melhor, ao que se vive por lá. A grande parte vivendo em uma farsa que só tende a se expandir enquanto um pequeno grupo tem noção da verdade. Nossa diferença para os irmãos era que brigávamos ativamente pelo que acreditávamos, ainda que sentia que ainda havia fé em suas falas e ações.
— Ei, Opala. Chamaria, falando baixo. — O que falta a vocês para se tornarem ferreiros reconhecidos? Pelos comentários, é nítido que vocês têm talento, está em seu sangue. Pode não parecer, mas não é só geograficamente que me encontro perdido. Na verdade, nem eu sei tanto assim sobre o meu passado, no entanto... existem coisas que não são imutáveis, ainda que nós pensemos isso. Sei lá, as vezes você pode até mesmo ter nascido sem talento para algo, mas depois, com uma ajudinha e determinação, é capaz de ser vista como uma joia dentre as melhores. Vocês podem ser grandes ferreiros, e sei que conseguir se livrar dessa farsa que aconteceu com o Masamune vai tirar um peso enorme dos ombros. Acredite em mim.
Enquanto o Yoru não chegava para estipularmos os planos, analisaria as forjas e certos materiais. Ocasionalmente tentaria perguntar para os civis sobre ninjas procurados e a execução aguardada de Masamune.
Depois de secar algumas breves lágrimas que sairiam de seus olhos, a mulher que trabalhava como ferreira iria encarar tanto Kuroi quanto Yashin, por fim ela responderia:
Opala-san, já é a segunda vez que eu ouço você afirmando que as evidências e provas apontam contra ele de forma incontestável... mas em nenhum momento ouvi raiva em sua voz ao mencionar seu irmão. No fundo, você não acredita que ele tenha cometido isso. O mundo é vasto, existem poderes que fazem coisas que você consideraria inacreditável. Eu conheço pelo menos duas formas que colocariam seu irmão nessa enrascada deixando rastros, e uma que faria isso sem deixar um rastro sequer. Pelo que você conhece dele, da convivência que teve por tantos anos, acha que ele seria de capaz de fazer o que está sendo acusado?
— No início, eu não imaginava que ele poderia ter matado aquele homem deliberadamente, mas depois do suposto assassinato, permitiram-me falar com ele... E ele não disse absolutamente nada, como se desafiasse qualquer tentativa de julgamento. Mesmo com guardas e samurais tentando extrair uma palavra dele, ele permaneceu em silêncio... Esse é o seu jeito peculiar; quando decide não falar sobre algo, simplesmente encara as pessoas com um olhar vazio, como se guardasse segredos sombrios que nunca serão revelados. Então... Interpreto que... Ele matou aquele homem supostamente inocente por algum motivo que... não quer contar... E a forma que tal assassinato ocorreu, é pertubadoramente parecido com a forma que o Kikoemon geralmente comete seus crimes. No final, ele vai ser executado independente da minha vontade.
— Ei, Opala. Chamaria, falando baixo. — O que falta a vocês para se tornarem ferreiros reconhecidos? Pelos comentários, é nítido que vocês têm talento, está em seu sangue. Pode não parecer, mas não é só geograficamente que me encontro perdido. Na verdade, nem eu sei tanto assim sobre o meu passado, no entanto... existem coisas que não são imutáveis, ainda que nós pensemos isso. Sei lá, as vezes você pode até mesmo ter nascido sem talento para algo, mas depois, com uma ajudinha e determinação, é capaz de ser vista como uma joia dentre as melhores. Vocês podem ser grandes ferreiros, e sei que conseguir se livrar dessa farsa que aconteceu com o Masamune vai tirar um peso enorme dos ombros. Acredite em mim.
— Eu não sou boa em dar os detalhes finais, consigo criar qualquer arma que eu quiser, mas sempre estrago tudo na finalização onde geralmente... bom... Meu irmão mais velho que fazia o trabalho, acredito que se eu tiver mais alguns anos de experiência, eu poderia produzir qualquer arma com perfeição, mas infelizmente o tempo não está sendo generoso comigo, além das inumeras ameaças que estou recebendo, o que faz minha mente ficar cada vez mais pertubada...
Por fim, o grupo decidiu esperar alguns dias até que Yoru estivesse presente naquele ambiente e quando finalmente estiver por lá, o grupo partiria em direção da Vila Maria.
Portões de Vila Maria Por volta das 9 horas.
O vento gelado soprava com força, levantando pequenos redemoinhos de neve ao redor dos jovens aventureiros enquanto eles avançavam pelo caminho íngreme. Suas capas pesadas estavam cobertas por uma camada fina de gelo, resultado de horas de viagem pelo terreno inóspito do País do Ferro. À medida que se aproximavam dos imponentes portões da Vila Maria, podiam ver a fumaça subindo das chaminés das casas aconchegantes, prometendo calor e repouso.
Um guarda samurai, com armadura brilhante e perfeitamente polida, se posicionava firmemente ao lado do portão. Seu olhar era atento e vigilante, mas havia uma certa curiosidade nele ao ver os viajantes se aproximando. O guardas, alto, de expressão severa, com um bigode chamativo, deu um passo à frente com uma cara de "comeu, mas não gostou".
Yoru, utilizando o Henge no Jutsu, com seu típico olhar antipático, observava casualmente por cima dos ombros daquele indivíduo. Para não ser intimidado, ele soltava seu típico comentário antipático, criando uma atmosfera hostil. No entanto, não parecia haver um clima real de combate. O padre do Culto Yoikami apenas comentou casualmente:
— Com licença, esta é a Vila Maria?
O som de sua voz quebrou o silêncio cortante da neve. O guarda mais alto assentiu lentamente, seus olhos nunca deixando os dos aventureiros.
— Sim, vocês chegaram na Vila Maria. Estão aqui para ver os ferreiros? E por qual motivo, escolheu essa aparência no seu Henge no Jutsu, Yoru-san?
Yoru quietamente respondeu, um tanto surpreso:
— Já faz um tempo que não me movimento para esse território, então, você não esqueceu meu chakra, entendo...
Os dois suavizam seus rostos, pareciam ter algum grau de afinidade.
— Muitos indivíduos dessa região te devem muito desde quando rolou aquela pandemia implantada pelo cientista pálido, você foi literalmente o único iryonin prestigiado que abertamente veio nesse território e aceitou um pagamento baixo num momento de crise. Apesar de que duvido muito que você poderá utilizar sua aparência real na frente de Mifune e dos samurais que querem evitar problemas com Kumogakure no Sato. Sorte sua que os únicos sensores de chakra da região, sou eu... e bem...
Yoru fecharia seus olhos, faria um rosto de desprezo:
— A criminosa da família Kyosuke ainda vive secretamente aqui? Ela continua agarrada na longevidade que a Besta Divina pode proporcionar?
— Você não deveria chamar ela de criminosa, afinal... Você é um nukenin agora, não é mesmo? E até onde eu sei... Ela te ajudou a manter sua irmã viva, você não deveria trat...
— O País do Ferro, esconder aquela mulher secretamente... Vocês têm realmente muita sorte em não ter comprado uma briga comigo e com o País do Relâmpago inteiro, mas tudo bem... O talento daquela mulher pode ser útil para a minha atual situação, vou precisar da ajuda dela novamente, para meu desagrado. Por fim, me deixe passar de uma vez, sua gratidão é muito conveniente, mas temos coisas a fazer nessa região.
— Huh... Certo...
Bee parece encarar as costas de Yoru um tanto indignado, ele não entendia muito bem o que estava acontecendo ali, mas a coisa que não parecia boa. Os aventureiros trocaram olhares e adentram naquela região. A vila, com suas casas de madeira robustas e telhados inclinados para resistir ao peso da neve, parecia ainda mais convidativa à luz da antecipação do festival. Os sons de marteladas ao longe sugeriam a presença de ferreiros trabalhando diligentemente, preparando suas obras-primas para exibição.
Enquanto os aventureiros passavam pelos portões, mais guardas os saudaram com um aceno de cabeça, permitindo que entrassem na vila. O ar dentro dos portões parecia um pouco menos frio, e o cheiro de madeira queimada e ferro fundido se misturava com o ar fresco, criando uma atmosfera singular que só se encontrava no País do Ferro.
Ruas de Vila Maria Ponto de encontro 1
Hagoromo Ann, com seus olhos curiosos e brilhantes, olhava ao redor em busca de qualquer coisa que pudesse ser útil. A garota tinha uma intuição incrível para encontrar elementos valiosos. Notando que a maioria das pessoas naquela região escondia as orelhas, provavelmente devido ao medo do serial killer conhecido como Kikoemon, Ann decidiu deixar suas próprias orelhas o mais expostas possível, apenas para realizar um pequeno experimento. A jovem se afastou de Yashin e Kuroi sem pedir permissão, uma amostra de sua natureza impulsiva, mas dessa vez, ela não parecia ter ido muito longe. Ann se dirigiu a um "vendedor peculiar" que operava na região. Ele vendia flores, joias, animais e... uma estranha criatura humanoide enjaulada que parecia ser composta de fios. A curiosidade de Ann foi irresistível, e ela se aproximou com cuidado, intrigada pelo que via.
O garoto que vendia tais artefatos, iria olhar para a garota de forma neutra e por fim comentaria:
— Hoh... Você gostaria de comprar alguma coisa?
Hagoromo Ann passava os olhos por algumas flores de oleandro. Logo em seguida, sua atenção foi capturada por uma concha azul extremamente brilhante. Seus olhos brilharam de interesse, quase como se quisesse comprá-la, mas logo decidiu ignorar o desejo, não querendo gastar seu escasso dinheiro naquela pequena extravagância. Finalmente, a garota apontou para a jaula que continha um monstro bizarro. Era como se estivesse pedindo mais informações sobre aquela criatura estranha e fascinante.
Uma criatura que parecia ser composta principalmente por fios, ossos e um estranho metal que não era facilmente reconhecivel, localizado em suas mãos. Encarava todos os visitantes que olhavam para ele. Era perceptível que existia uma estranha pulsação em sua máscara, quase como se existisse um coração no objeto.
O garoto iria olhar o monstro enjaulado e casualmente comentaria:
— Hoh... Achei isso ontem vagando na floresta da neve, achei bonito e trouxe para cá para vender, parece saber utilizar Fuuton... Posso te vender por 300 ryos, mas quem vai adestrar vai ser você. A propósito... Garota... Esconda seus ouvidos, não ficou sabendo do Kikoemon, não? Isso é sinal de mal azar nessa região. Não seja vulgar e esconda seus ouvidos fazendo o favor.
O garoto parece visivelmente incomodado com ela mostrando seus ouvidos tão casualmente para as pessoas.
Ruas de Vila Maria Ponto de encontro 2
Enquanto os olhos do grupo exploram a vila, seus passos desaceleram ao se aproximarem de uma pequena oficina ao lado de uma casa de chá. Ali, uma mulher velha e aparentemente cega dos dois olhos, conversa com uma mulher samurai de cabelo ruivo. Ao lado delas, um homem notavelmente perfeccionista está concentrado na produção de uma katana reluzente. A mulher idosa fala com uma voz suave para aqueles dois:
— Kazumi-san, você ouviu a notícia? Aparentemente o cara suspeito de ser o Kikoemon vai ser executado amanhã. Considerando que os desaparecimentos cessaram completamente, não restam dúvidas que seja ele mesmo. — Ela comentaria pacientemente aquele caso, porém, seu rosto se fechou. — Mas acho que estão cometendo um engano, nesse caso em específico, deveriam esperar mais algumas semanas antes de partir para a pena capital.
A samurai de cabelo ruivo, Kazumi, escuta atentamente enquanto mastigava um pedaço de pão claramente mofado:
— Aquele maldito assassino causou muito sofrimento nessa vila. Quanto mais cedo executarem, vai ser melhor. Não restam dúvidas dessa vez...
Enquanto isso, o homem perfeccionista, trabalhando meticulosamente na katana, ergue a lâmina sob a luz para examinar sua obra. Ele faz uma pausa, absorvendo a notícia enquanto se esquentava com o calor forte da forja.
— Particularmente não acho que seja ele também, mas... Ficarei quieto, eu apenas quero viver uma vida longe de qualquer tipo de problema.
Aqueles três parecem simplesmente indivíduos que não teriam relação com o caso, mas era perceptível que talvez soubessem de alguma coisa que não tivesse sido abertamente dito.
Rua principal de Vila Maria Ponto de encontro 3
Montado em um imponente cavalo preto, Mifune, o líder samurai, avançava pela vila com uma postura digna. Seu cabelo grisalho balançava suavemente ao vento frio, e sua armadura refletia a fraca luz do sol. Ao lado de Mifune, dois guardas samurai o acompanhavam, também montados em cavalos robustos. Os três formavam uma presença imponente, exalando autoridade e respeito. Os habitantes da vila paravam para observá-los, alguns curvando-se em sinal de reverência. Mifune, com seu olhar sério, observava a vila atentamente. Seus olhos varriam a multidão com vigilância. Ele usava uma armadura tradicional, decorada com emblemas que simbolizavam sua posição e feitos.
Uma conversa era perceptível entre Mifune e os guardas:
— Okisuke-san, alguma informação nova vinda do Instituto Médico? E o Masamune falou alguma coisa sobre o caso? — Díria o Samurai grisalho com certa calma, visivelmente parecia um pouco aprensivo.
— Aparentemente nossa médica confirmou que a vítima de Masamune estava infectado com um veneno produzido pelas petálas da flor de Oleandro, no entanto, ela está com alguma dificuldade para dizer se os ferimentos desse corpo batem perfeitamente com os ferimentos dos outros corpos, como você sabe... Nossa área médica não é realmente muito avançada nesse aspecto. E o Masamune, bom... Ele continua se recusando a falar qualquer palavra, pelo visto ele já aceitou seu destino. Se ao menos tivessemos uma forma, de forçar ele falar a verdade.
— Tsc...
Mifune e aqueles guardas parecem estar se locomovendo em direção de um castelo que claramente era uma prisão. Talvez pudessem tentar executar alguma abordagem, caso quissesem, é claro. Um dos guardas parece fitar especialmente Kuroi a distância, como se conhecesse ele de algum lugar, mas talvez fosse apenas impressão dele, já que o jovem Kyosuke estava usufruindo de um Henge totalmente aleatório. Mas de fato, o chakra daquele indíviduo era familiar, se o jovem gastasse um tempo para se concentrar nele, talvez conseguisse deduzir quem aquele indíviduo era.
Caminho Obscuro Ponto de encontro 4
Uchiha Yashin imediatamente reconhece uma mulher que parecia estar casualmente andando por aquela região, ela estava acompanhada com o indíviduo do Clã Chinoike que teriam visto anteriormente. Ambos parecem estar visitando um pequeno templo que parece completamente abandonado, e ao contrário de outros indíviduos daquela região, eles não pareciam estar conversando nada. Pareciam estar apenas investigando o ambiente.
Por fim, aparentemente existia diversos pontos diferentes para investigar naquele ambiente, caso quissesem escolher um, iriam perder um tempo considerável do dia e poderiam perder certas interações que só seriam possíveis naquele determinado horário. Também parecia perigoso chamar muita atenção naquele ambiente, o que fariam?
A investigação inicial da Vila Maria revelava diversas oportunidades e riscos. Uma Kyosuke nukenin, uma criatura estranha, conhecimento popular sobre Kikoemon, Mifune e Nishimura Aiko. A secreta Uchiha, particularmente, era alguém que eu queria muito encontrar, mas infelizmente ela estava acompanhada de um Chinoike. Por alguns segundos, tento considerar maneiras de entrar em contato com ela na surdina. Qualquer contato mais direto chamaria a atenção do Chinoike, então tomo a decisão de fazer algo mais vago.
Kuroi, memorize a assinatura de chakra daquela mulher ali, por favor.
Ergo então a cabeça para os céus, procurando algum pássaro, de preferência preto. Quando encontrasse um, avançaria próximo dele e usaria o Genjutsu Sharingan.
Aiko conhecia meu avô e ele comumente usava corvos. Somando isso com o a projeção visual do sharingan em um dos olhos, eu estava dando um sinal da minha presença. Através do genjutsu, controlo esse pássaro para que avance em direção da dupla de Kumo, com o olho vermelho fechado. Esse pássaro procuraria uma oportunidade de fazer um voo próximo a Aiko, abrindo o olho com o Sharingan para que apenas ela visse. Em seguida, esse pássaro voaria para a Vila Maria, fazendo algumas voltas no local pelo alto, indicando que minha posição estava ali. Por enquanto era isso, o próximo passo dependeria de Aiko arrumar uma oportunidade ficando sozinha, então eu poderia encontrá-la com auxílio de Kuroi.
Com isso resolvido, comento com os demais.
Bom, a execução sendo amanhã limita nossas ações, então o primeiro passo é falar com o Mifune-dono mesmo. Eles aparentemente não tem como extrair informações de Masamune, o que não é um problema para mim. Isso pode abrir novas informações, facilitando a investigação. Sem falar que ele pode oficialmente contratar nós "ninjas de Kiri" para investigar o Kikoemon, o que justificaria ações futuras aqui na Vila Maria. Yoru-san, se tiver como aproveitar sua conexão com os guardas para marcar uma audiência em um local com privacidade, isso pode facilitar. Caso contrário, nós podemos apenas nos aproximar mesmo.
O próximo passo dependeria do sucesso de Yoru. Caso ele conseguisse marcar em algum local fechado, apenas iria para lá com os demais e começaria a explicar a situação. Do contrário, teríamos que tentar uma abordagem mais direta, nos aproximando de Mifune e seus guardas, afirmando que tínhamos informações sobre o grupo de Ronin para ele e pedindo para conversar em qualquer local privado que ele quisesse, ampliando sua segurança. Uma conversa só começaria caso formos para um local onde é possível desfazer o Henge sem que os habitantes nos vejam.
Mifune-dono, como falamos, temos informações importantes sobre o grupo de Ronin que tem causado problemas no País do Ferro. Isso é verdade, mas o motivo principal desse contato é outro. Antes de começar, vamos revelar nossas verdadeiras identidades.
Desfaço o Henge no jutsu com os demais.
Meu nome é Uchiha Yashin, um dos ninjas procurados por Kumogakure pelo incidente recente. Nós viemos em paz, creio que fica claro que uma ação ofensiva nossa não seria aberta com uma audiência desse tipo. Nossa situação é complicada, mas para sair dela temos que dar alguns saltos de fé com pessoas de honra como o senhor. Existem verdades e mentiras sobre a história contada de como saímos de Kumogakure.
Prossigo então expondo uma versão resumida de nossa história, tocando nos principais pontos que levaram ao incidente com o Raikage.
A verdade no que eles contam é que de fato nós fomos responsáveis pelo estado atual do Raikage, fui eu pessoalmente que usei o Genjutsu que causou tanto dano mental, o colocando num coma. Porém, a habilidade de curar a mente é algo que nós temos em mais de um dos nossos ninjas médicos, algo que é válido na central médica de Kumo também. Kagehira está mantendo Ay em um coma para alimentar a narrativa de que nós fizemos algo nefasto contra ele, além de manter o espaço aberto para sua própria posição como atual Raikage. Enfim, espero que o senhor acredite em nós, ou que pelo menos nossa explicação tenha gerado compreensão suficiente para não nos atacar ou entregar imediatamente para Kumo, mantendo a tradicional neutralidade dos samurais do País do Ferro.
Faço um sinal para que Bee exponha o corpo selado de Bakugi.
Este é Bakugi, um dos Ronin da organização Kuroi. Alguns dias atrás ele estava assediando os irmãos de Masamune e, quando tentamos pará-lo, ele nos atacou de imediato. Não sei até que ponto os Samurois já sabem sobre a organização, mas o que descobrimos com meu Genjutsu foi perturbador.
Comento então tudo o que Bakugi nos contou, destacando a presença do Edo Tensei, Myu e o estilo de combate dos Samurais Negros.
Como esse Edo Tensei cria corpos imortais, a única solução foi selá-lo. Danos físicos e mentais regeneram, o primeiro quase que de imediato. Nós trouxemos esse corpo como um gesto de boa fé. A ideia é que vocês possam estudá-lo e conduzir sua própria investigação, entendendo melhor sobre uma organização criminosa operando dentro de seu País. Só reforço, causar dano não adianta de muita coisa, então cuidado.
Com o corpo de Bakugi entregue, chego finalmente ao motivo de estarmos ali.
Finalmente, chegamos ao motivo de termos nos arriscado vindo até o País do Ferro. Nós estamos em um local escondido e precisamos de Ferreiros para municiar o grupo com equipamentos ninja. Não foi coincidência que nós estávamos observando os irmãos de Masamune, identificamos que eles e o próprio ferreiro lendário poderiam ser opções boas. Como ele está prestes a ser executado e seus irmãos não tem valor atualmente para o País do Ferro, se nós conseguirmos levá-los conosco imagino que não seria um problema, digo em termos de estar roubando recursos de vocês. Obviamente, nós esbarramos na situação com Kikoemon, o que criou uma nova camada de complexidade. Sendo assim, o que queremos é o seguinte. Nos permita ajudar na investigação sobre esse assassino e, caso consigamos apreender o verdadeiro culpado, nós levaremos os irmãos daqui. Além disso, se possível, queríamos firmar um acordo com vocês para o fornecimento de minério para as armas. Mas essa parte fica para depois. Sobre a investigação, ouvimos seu guarda Okisuke-san comentando que a autópsia do corpo estava incompleta pelo nível limitado dos ninjas médicos, além de que vocês não tem uma forma de forçá-lo a falar a verdade. Bom, Yoru e Ann aqui são especialistas em medicina, o primeiro já até atuou contra uma epidemia aqui na Vila Maria. Uma autópsia por eles revelaria tudo o que pode ser revelado. Além disso, sobre forçar a verdade de alguém, não há poder mais apto do que o Sharingan. Se o senhor nos permitir acesso a Masamune e a vítima, podemos mostrar nosso valor.
O que me diz, Mifune-dono?
Se ele nos permitir, iria com os demais até a prisão onde Masamune e o corpo estavam e faria minha parte da investigação com o Genjutsu Sharingan. Antes de aplicar o genjutsu, me apresentaria ao suspeito, comentando como Opala e seu irmão estavam sofrendo e que eu tinha prometido ajudar a provar a inocência dele.
Por tudo o que ouvimos da Opala, haviam duas possibilidades mais claras do que meramente ele matar um inocente: ou de fato ele não está por trás e o serial Killer que procuramos é o mesmo homem que matou, ou ele matou mas o finado não era tão inocente assim. Sendo qualquer uma dessas hipóteses, deveríamos trabalhar para prová-la sem comprometer o restante de nossa missão. E, ao que tudo indica, a qualidade de suas armas é inferior também pela sua pressão psicológica. Talvez, salvando seu irmão, ela além de tomar as últimas dicas para se aperfeiçoar, ainda teria uma liberdade maior com relação à própria mente. É... talvez salvando o mais velho, salvaremos na verdade três vidas e nosso negócio. Refletia e ponderaria sobre o quanto nós deveríamos nos importar com os problemas alheios, mas naquelas condições mesmo se eu fosse contra acabaria sendo voto vencido.
[...]
Então o Yoru tem ligações com aqui a ponto de até mesmo cobrar valores baixos? Todo homem tem seu valor, e ao que parece, mexer com a Shizuka é tornar esse sujeito muito menos ganancioso. Agora, o problema é terem percebido o Yoru por aqui. Cedo ou tarde nós temos que nos revelar, mas não contava que um de nós seria descoberto tão fácil por mero sensor de chakra. Adentrando a vila, mais coisas me chamavam a atenção. Um homem com fios, as tais flores de Oleandro que passamos a ouvir sobre nos últimos dias, aquela criatura humanoide de fios. — Vocês dois. Apontava para Yashin e Ann. — Vocês não se lembram daqueles caras estranhos da pousada no País das Fontes Termais? Um dos homens que enfrentamos tinha um jutsu consideravelmente parecido com isso. Lembro-me até dele ter utilizado um raiton contra a sensei.
Spoiler :
Recobrava essa minha memória de meses atrás. Não parecia ser só coincidência, pelo contrário, era bem possível que estivéssemos diante de uma criatura de origem comum. — E se me lembro bem, o vendedor havia dito para tomarmos cuidado com pessoas de costura no corpo. Se for disso o que ele falava, talvez tenha mais de onde veio esse. Andando mais adiante, percebia plena desconfiança da população em geral quanto à identidade do Kikoemon, o que poderia ser mais um indício de que de fato Masamune era inocente no meio de toda essa história. Ainda que eu tivesse curiosidade em saber o que eles sabiam, sentia que deveríamos conversar logo com o tal Mifune.
Hm, eles querem extrair informações do irmão deles, mas por algum grande motivo ele próprio não quer dizer, caso não esteja controlado. O Uchiha poderia tentar lidar com isso, mas acredito que os próprios samurais não acreditaríamos no que poderia ser dito, ainda que fosse verdade. Nesse momento, posso dizer que gostaria de ter a técnica "daquele homem". Em paralelo, percebia que um dos guardas me fitava com os olhos, como se fôssemos conhecidos de algum lugar. Teria duas opções adiante: ou eu tentava decifrar algo com o sensor correndo o risco de também ser detectado ou prosseguir a viagem. — Podem ir na frente, eu alcanço vocês em um a dois minutos. Diria, e logo também encararia o homem e me concentraria em seu chakra. Em um contexto parecido, o Yashin também me pediria para registrar a assinatura de uma mulher. Apesar de, num primeiro momento, não saber o porquê disso, assentaria e faria. Independente do que acontecesse, seguiria viagem assim que chegasse a alguma conclusão.
[...]
Estaríamos provavelmente próximos ao Mifune, e acompanharia o pessoal com relação às revelações, inclusive desfazendo o Henge caso não estivéssemos em um local cheio, provando que de fato eu era o garoto do mokuton procurado internacionalmente. Também assentaria com as coisas anteriormente ditas, dando minha prova de fé.
Com a neve caindo suavemente, Yashin permaneceu imóvel, seus olhos afiados observando cada detalhe ao seu redor. O ar gelado da tarde de inverno fazia suas respirações se transformarem em nuvens brancas. Entre os flocos de neve, ele avistou um corvo inocente sobrevoando a região. As asas da criatura alada cortavam o céu cinzento com graciosidade antes de pousar próximo a uma banquinha que vendia dangos, cujos odores doces tentavam atrair os poucos passantes que se aventuravam fora de casa naquele dia frio. Com um leve movimento, Yashin focalizou seus olhos, revelando o padrão do Sharingan. Ele engatilhou a criatura negra num poderoso genjutsu. O corvo, agora sob o completo controle de Yashin, deixou escapar um breve pio antes de cair sob o domínio do genjutsu.
Yashin, ainda com os olhos fixos na ave, começou a transferir suas intenções e comandos através da conexão mental estabelecida. Ele sentiu a mente simples da criatura se curvar à sua vontade, seus pensamentos ecoando as ordens de Yashin. O corvo levantou voo novamente, mas desta vez, seus movimentos eram precisos e direcionados em direção da mulher com armadura que adentrava na rota do templo.
[...]
Quando Kuroi levantou a questão sobre Kakuzu, seu olhar alternava entre Yashin e Ann. A garota com uma expressão confusa, franziu levemente a testa, indicando que estava considerando cuidadosamente a pergunta, mas faria uma breve aceno com sua cabeça que tal evento pode ter alguma ligação.
Kyosuke respirou fundo, fechando os olhos enquanto se concentrava em memorizar o chakra da mulher que se apresentava como Nishimura Aiko. Sua mente afiada e suas habilidades sensoriais estavam em alerta máximo, absorvendo cada nuance da chakra que emanava dela. No entanto, seu verdadeiro foco estava em outra presença que parecia estranhamente familiar, um chakra que despertava memórias difusas em sua mente.
À medida que o tempo passava, Kyosuke mergulhou mais profundamente em sua análise sensorial. Ele se esforçava para decifrar a identidade do indivíduo que, de alguma forma, ressoava como um chakra parecido. Mesmo que o chakra estivesse um pouco embaralhado e diferente do que ele lembrava, havia algo inconfundível naquela assinatura. Finalmente, depois de alguns minutos de intensa concentração, Kyosuke chegou a uma conclusão. O chakra daquele indivíduo com roupa de samurai pertencia a Madarame, alguém que ele conhecia até que bem.
[...]
Ao perguntar para Yoru se ele poderia se reunir com Mifune, o indivíduo inclinou a cabeça ligeiramente, levando um de seus braços sobre a cabeça em um gesto casual e pensativo. Seus olhos se estreitaram enquanto refletia sobre a situação, avaliando as possíveis implicações e desafios. O silêncio que se seguiu foi carregado de tensão, como se cada segundo que passava estivesse repleto de ponderações silenciosas. Por fim, ele apenas comentaria um pouco derrotado:
— Bom, vamos falar com ele agora então. Só que estamos correndo riscos aqui, o País do Ferro provavelmente quer evitar ter problemas com o País do Relâmpago e nada impediria de sermos emboscados nessas terras se falarmos diretamente com Mifune. Mas tudo bem... Com o Bee-san por aqui, suponho que mesmo no pior cenário consigamos fugir, apesar de que a presença de Chinoike Cordis é relativamente problemática. Vamos fazer isso logo, então!
Finalmente, em um movimento mais rápido do que o usual, o grupo tentou emboscar Mifune e seus guardas antes que adentrassem na área vigiada da prisão. A abordagem foi cuidadosamente sincronizada, com cada membro do grupo assumindo suas posições estratégicas.
Mifune, o líder militar das tropas do País do Ferro, ergueu rapidamente uma sobrancelha ao notar a presença de Yoru, Bee, Yashin e Kuroi. Mesmo sob o disfarce do Henge no Jutsu, a percepção aguçada de Mifune detectou algo fora do comum.
— Hm? Mas isso é...
Ele iria ouvir Yashin naquele momento e quase de imediato ele parece sacar sua espada, mas conforme iria ouvir a proposta do garoto e notando que uma das figuras que ali estavam se tratava de Kyosuke Yoru, ele simplesmente guardaria a arma que ele segurava enquanto fecharia seus olhos.
— Mas que história confusa, se eu não estivesse desconfiado dessa quantidade avassaladora de shinobi de Kumo nessa região, eu facilmente diria você só está inventando uma história maluca sem nem pé e nem cabeça. Mas o atual Raikage parece ser um verdadeiro lunático, ele está revirando o País do Ferro com suas tropas, como se soubesse que vocês estariam escondidos aqui. Aliás, vocês estavam aqui todo esse tempo? Bom, isso não importa… Estamos tendo problemas com revividos imortais faz um bom tempo, apenas alguns samurais possuem capacidades restritivas dentro da força samurai, o que nos deixa em desvantagem contra esse estranho "ninjutsu". Mas isso não importa por enquanto, você é um Uchiha, usuário de genjutsu, correto? Você será útil para algo, por isso não denunciarei vocês para Kumo. Mas me sigam antes de tudo... E não se preocupem, nossa nação não é tão apegada forçadamente com seus habitantes, caso vocês convençam legitimamente algum habitante dessa região a sair, não faremos nada. Apesar de que... Notavelmente pedimos bom senso.
Por fim, o velhote samurai iria descer do cavalo e faria um breve movimento com sua cabeça, pedindo para que o grupo o acompanhasse até a prisão.
As revelações de Masamune não fugiam muito do que eu imaginava, de fato ele estava se sacrificando para proteger seus irmãos. A descrição sobre Kikoemon ajuda, especialmente a tal invisibilidade proporcionada pela máscara. Yoru nota então a possibilidade do homem já saber da minha chegada, o que fazia um certo sentido, já que ele evitou contato visual. Quando ele atribui isso à presença de uma outra criatura como Raijinganma, fico bastante interessado. Eventualmente, Mifune permite que nós levemos os irmãos para longe do País do Ferro, mas Bee insiste em ajudar.
Mifune-dono, o tal Kikoemon é um perigo grande aqui, especialmente por sua ocultação. O plano dele era claramente ver outra pessoa morrendo em seu lugar, se nós frustramos isso ele deve retaliar de alguma forma, o que seria nossa responsabilidade. Como o Yoru-san falou, nós temos uma visão um pouco especial... se os poderes desse homem de alguma forma derivarem de um culto a essa "Besta Divina", nós conseguiremos vê-lo. Pedimos que nos deixe ajudar à capturá-lo ou, em último caso, matá-lo. Além disso, se sua resposta for positiva, algo como um documento simples dizendo que você contratou "Ninjas de Kirigakure" para investigar pode nos ajudar bastante, principalmente quando questionarmos moradores.
Olho então para Masamune, pensando em como estávamos atravessando seu sacrifício. Aproveito a conexão com o Genjutsu para prometer que iremos proteger a família de Masamune. Depois disso cesso o genjutsu e peço para Ann recuperar a sanidade do homem, já que o Mugen Onsa criava danos difíceis de recuperar naturalmente. Faço o Henge, tomando a mesma aparência de antes, e comento com os demais.
Bom, vamos nos separar por enquanto. Eu, Kuroi e Ann em trio, Bee e Yoru isoladamente. Nós três vamos investigar aqui na Vila Maria, aqueles moradores pareciam saber de algo. Yoru-dono vai buscar respostas com Kyosuke Rin, enquanto Bee-san, quero que você fique de olho nos irmãos. Sem que eles o vejam, claro. Além disso, podemos usar os rádios para comunicação, dessa forma dois times podem dar suporte a um terceiro em situação de emergência.
Com o plano definido, saio da prisão com Kuroi e Ann, voltando à Vila Maria.
Kuroi, fique atento com o sensor... se a assinatura de Aiko aparecer, me avise.
O primeiro passo seria perguntar àquele grupo o que sabiam sobre Kikoemon.
Bom dia, nós somos ninjas de Kirigakure, fomos contratados pelo Mifune-dono para investigar o tal Kikoemon. Novas evidências mostram que Masamune é inocente, ele foi coagido a assumir a culpa por uma ameaça feita à seus irmãos. Mais cedo nós ouvimos vocês comentando sobre o caso, parecia que sabiam detalhes. Podem nos ajudar?
Caso eles não estejam cooperando e Mifune tenha me dado o documento que pedi, o apresento para tentar desenrolar as respostas.
Caso a assinatura de Aiko apareça na vila, me ausento por alguns minutos para ir atrás dela. Explico aos demais que preciso falar com ela sozinho, já que em grupo ela não deveria aceitar conversar.
Caminho pela vila até chegar na posição da mulher, a encaro olho no olho por alguns instantes, antes de indicar algum local próximo que nos dê privacidade para uma conversa. Neste local, desfaço o Henge e ativo o Sharingan, provando minha identidade.
Olá, Aiko-san... ou melhor dizendo, Uchiha Nanako-san. Antes de tudo, quero agradecer por ter salvado minha vida no passado. Um jutsu do Mangekyou Sharingan tão poderoso como o Yomotsu-Shikome deve te custar bastante, até em termos de longo prazo. Naquelas memórias que seu conhecido bloqueou, você me revelou seu verdadeiro objetivo, reerguer os Uchiha como clã em uma nação independente. Meu objetivo de vida não é exatamente o mesmo, mas por um acaso, ou talvez por destino, nós fizemos a fundação para o seu sonho. Eu e meu avô saímos de Kumo e nos estabelecemos em outro país, um local sem supervisão de outros ninjas. Já construímos um pequeno vilarejo e, apesar dos perigos gerais do local, a vida dos moradores é relativamente tranquila. Montamos uma organização, ainda pequena, mas com nomes extremamente poderosos. Nosso objetivo é lidar com Kagehira, ou melhor dizendo, Aoshin, que é quem o habita de fato. Lembro que sua missão naquela época era justamente investigar isso. Enfim, você é alguém que eu quis recrutar desde o dia que estabelecemos nossa organização e, quando te vi aqui hoje, sabia que era uma oportunidade única. O que acha de se juntar a nós?
Após toda aquela sessão de revelações, refletia calado. Entendo, então seu silêncio foi uma prova de amor aos seus irmãos. O Yoru adentrou bastante nessa seara também, acho que por envolver diretamente um parente tão próximo ele acabou associando à sua relação com a Shizuka. Ele também demonstra possuir vasto conhecimento sobre diversas entidades como as que vimos no Chuunin Shiken, especialmente sobre o tal Genshi-zou, que segundo ele possui esse monumento imortal, indestrutível e eterno. Ok, depois me preocupo com isso, talvez o ego consiga ver algo que olhos normais não possam.
— Mifune-dono, é uma coincidência incrível estarmos aqui nesse momento. Acredito que apenas nós três nesse país conseguimos enxergar o Kikoemon, e é justo no momento em que o inocente Masamune seria morto. Vamos descobrir mais coisas sobre ele, já que imagino que ele não nos daria paz se levássemos os três ferreiros para onde estamos sediados, burlando seus planos perversos. No mais, manterei meu disfarce aqui no Ferro. Manter as verdadeiras identidades casualmente aqui seria perigoso demais, a ponto de gerar histeria desnecessária e perigos ao próprio objetivo. Enquanto estiver disfarçado, me atenderei pela alcunha de Shimotsuki Zolo, um espadachim do País da Água, cujas raízes se remetem ao País do Ferro, o que justifica sua ausência de dentes pontiagudos.
Assim, pediria licença, entregando um de meus rádios ao Yoru para uma comunicação ligeira, já que possivelmente não nos encontraríamos por acaso sem uma emergência antes da partida para casa. Depois, chamaria o Madarame disfarçado.
— Vamos ser breves e conversar baixo. Não sei se algum deles possui capacidades auditivas superiores, e como o inimigo em comum é sorrateiro provavelmente espalharam alguns sensores específicos em partes dessa vila. Quando deserdamos, pedi aos mais velhos para que, caso o vissem, repassassem que eu estou interessado em uma conversa. Porém, por ora, prefiro que você me conte o que veio fazer aqui. Não vejo motivos para sua presença em um país como esse na situação em que está. Como já sabe, estamos na busca de um ferreiro, caso contrário, jamais passaríamos por perto. Aguardaria qualquer resposta, ainda que ele próprio pudesse não dizer nada. — No mais, sua existência me intriga. Sempre surge em momento de dúvidas e incertezas, e, no momento, me encontro refletindo se somos apenas peças pré-definidas de um tabuleiro ou se há espaço para ascensão. No entanto, investigar o meu próprio passado sempre me faz entender um pouco mais sobre esse jogo, e você é um dos poucos que possui um mecanismo que me possibilite conhecer mais a mim mesmo e ao inimigo. Não temos espaço para isso agora e eu não confio cegamente em você, porém, posteriormente, estarei o procurando para que faça mais uma vez aquilo com minhas memórias. Tenho convicção que lá posso encontrar alguma fraqueza do Okabe, Myuzaki ou mesmo do Kagehira que possa nos levar a recuperar Kumogakure no Sato. Não tenho mais nada a tratar.
[...]
Seguiria com Yashin e Ann para a investigação, utilizando sempre os olhos da Kyuiin e o sensor. Avistando a Aiko em algum momento, comentaria com o Uchiha sobre.
Tanto Yashin quanto Kuroi se prepararam para tentar dialogar diretamente com Mifune sobre a possibilidade dele arranjar algum documento que facilitasse sua movimentação naquele território. O clima estava tenso, pois sabiam que qualquer deslize naquele território poderia prejudicar todo o objetivo. Porém, Yoru e Bee não pareciam realmente preocupados com tal e já começariam a se dispersar assim que pudessem. O Jinchuuriki do Hachibi em especial parece esperar por um momento a volta da sanidade de Masamune, para ele se moverem juntos em direção da outra dupla de irmãos para focar em suas proteções, considerando sua grande velocidade física e capacidade de reação, ele era realmente o mais apto para tal situação.
Mifune, um homem de presença imponente com longos cabelos grisalhos que caíam sobre seus ombros, andava de um lado para o outro na cela, avaliando os dois visitantes com um olhar penetrante. Seu semblante era severo, marcado por rugas que denunciavam anos de experiência e batalhas. A iluminação fraca da cela jogava sombras sobre seu rosto, tornando sua expressão ainda mais difícil de decifrar.
— Certo, acho que posso fazer isso.
Diria ele após um longo momento de silêncio, Mifune parou finalmente de andar e dirigiu-se ao corredor daquela região. Ele chamou por um dos guardas, um jovem ágil e nervoso, que prontamente correu em direção a uma sala específica ao receber as ordens de Mifune. O guarda voltou após alguns minutos, carregando um documento que parecia de grande importância. Mifune pegou o papel com uma expressão indecifrável. Ele analisou o conteúdo por alguns instantes antes de fazer um corte preciso no polegar, utilizando uma pequena lâmina que carregava consigo. Em seguida, escreveu seu nome no documento, deixando uma marca de sangue no papel, o que acrescentava uma camada de solenidade ao momento.
Ao entregar o documento para Yashin e Kuroi, Mifune manteve seu olhar firme nos dois, como se quisesse transmitir a seriedade do acordo. O papel, agora assinado e carimbado com seu sangue, garantia ao grupo um pequeno contrato de serviço, dando-lhes a permissão necessária para investigar todo o território do País do Ferro por tempo indefinido.
Por fim, o Uchiha pediu para Ann curar os eventuais danos mentais que seu genjutsu havia causado em Masamune. A garota, ágil, moveu-se até o sujeito que estava ajoelhado no chão. Masamune, com o rosto congelado em uma expressão de pavor absoluto, parecia ter sido retirado diretamente de um pesadelo. Ann, conhecida por suas habilidades curativas, estendeu a mão suavemente. Um chakra regenerativo de um tom esverdeado emergiu da palma de sua mão, pulsando com uma energia calmante e revitalizadora. Com um simples movimento, ela colocou a mão sobre a cabeça de Masamune, e o chakra começou a fluir, envolvendo-o em uma sensação de calor e cura.
Gradualmente, a expressão de pavor no rosto de Masamune começou a suavizar. Seus olhos, antes arregalados e cheios de terror, começaram a recuperar o foco. Ele piscou algumas vezes, a rigidez de seu corpo diminuiu, e sua respiração tornou-se mais regular. No entanto, mesmo com a intervenção de Ann, Masamune ainda parecia meio atordoado, como se estivesse tentando processar o que havia acontecido. Bee não esperando ele se recuperar, simplesmente colocaria o corpo do indíviduo em seu ombro e começaria a se movimentar em alta velocidade em direção dos outros indivíduos que deveriam ser defendidos.
Madarame disfarçado apenas iria suspirar enquanto casualmente se movimentaria para fora daquela prisão.
Ruas da Vila Maria Por volta das 12 horas.
Após parte dos problemas serem resolvidos, Yashin, Kuroi e Ann encontraram-se novamente na vila gelada, mas por algum motivo que não parecia fazer sentido. Ao retornarem, foram surpreendidos por uma cena inusitada: uma espécie bizarra de festival estava acontecendo. A neve que cobria o solo brilhava sob as luzes das lanternas festivas que adornavam as ruas, criando um contraste mágico com o ambiente gelado.
Toneladas de ferreiros, vindos de todas as partes, exibiam orgulhosamente suas armas em bancas improvisadas. Espadas reluzentes, lanças intricadamente decoradas e escudos resistentes estavam expostos, cada peça refletindo a maestria de seu criador. Os ferreiros, com suas roupas pesadas e mãos calejadas, discutiam animadamente sobre técnicas e materiais, enquanto os visitantes admiravam e, por vezes, testavam as armas. Diversas barracas de comida preenchiam o local, cada uma oferecendo uma variedade tentadora de pratos. O aroma doce de confeitos açucarados se misturava ao cheiro apetitoso de alimentos salgados, criando uma sinfonia olfativa que fazia qualquer um salivar. Pães quentes saindo do forno, carnes assadas lentamente em espetos e sopas fumegantes eram apenas algumas das delícias disponíveis. Além desses aromas, um cheiro forte de óleo e álcool impregnava o ar.
Ao andar pelo vilarejo, eles notaram uma garota com vestimentas de samurai entregava alguns panfletos e ocasionalmente um deles foi parar nas mãos de Kuroi que não poderia deixar de notar que aquela região por algum motivo bizarro estava em clima de festa. Por fim, o grupo decidiu-se mover em direção de uma das regiões que tinham ouvido alguns rumores sobre o tal assassino. Para a surpresa deles, encontrariam um sujeito que já teriam encontrado novamente, o grande Muteki parecia estar conversando com o ferreiro que casualmente parecia estar vendendo suas armas naquela região. Supostamente ele procurava algum item defensivo na região, como um escudo ou coisa do tipo, mas ao notar que aquele indivíduo não parecia especializado naquele tipo de arma, ele apenas iria suspirar e casualmente iria se mover para outra região, Muteki parecia mais cabisbaixo, ele trombaria em uma dupla de crianças que cairiam no chão. Ele iria encarar a dupla de crianças e por fim, comentaria:
— Foi mal, pivetes... Não estava olhando, vou tomar cuidado na próxima. — Por fim, ele seguiria seu caminho em direção de uma barraca de alimentos salgados.
Por algum motivo, existia alguma coisa diferente naquele indivíduo. Não dava para saber exatamente o que pela visão normal... Porém, Yashin e Kuroi pareciam perceber uma energia estranha emanando de sua nuca, a visão do Ego iria imediatamente perceber algo, era quase como se uma planta bizarra estivesse crescendo em sua nuca. Mas antes que pudessem pensar melhor, o que aquilo representava, o ferreiro que estava na frente deles, iria estalar os dedos para chamar atenção deles.
Foi nesse momento que Yashin e Kuroi notaram que estavam em frente ao ferreiro que conversava com duas mulheres anteriormente. Ele parecia um pouco impaciente, já que ninguém parecia interessado em comprar suas armas. No entanto, ele estava envolvido em outro assunto, que era a nacionalidade do trio:
— Hey... Por qual motivo tem shinobi de Kiri aqui? Até entendo um pouco um indivíduo de Kumo estar aqui, dada a quantidade interminável de criminosos que escaparam de lá, mas... Rapaz... Por que tem maluco de Kirigakure aqui? — disse ele, observando a bandana shinobi de Ann e notando alguns traços genéricos da aparência de Yashin e Kuroi.
Assim que Yashin mostrou o contrato de Mifune, o ferreiro pareceu entender melhor a situação, ou quase isso. Depois que aquilo foi esclarecido, o Uchiha fez uma pergunta sobre Masamune e por que o ferreiro não suspeitava que ele fosse o criminoso. Ele apenas responderia enquanto coçaria sua cabeça:
— Huh... Bizarro... Tenho a sensação de que uma tonelada de pessoas estranhas estão visitando essa região... Bom, sobre o caso do Masamune... Eu não sou amigo dele nem nada, sou mais um rival comercial ou algo assim. Ele é um pouco rebelde, um gastador compulsivo e coisas do tipo, mas não tem perfil de um serial killer perfeccionista e ardiloso. Por fim, não quero falar do assunto, pois não quero me env...
Ann jogaria algumas moedas na mesa daquele indivíduo, totalizando 200 ryos. E por fim, ela apontaria para uma adaga que existia no balcão do sujeito, o comportamento da garota parece fazer o sujeito amolecer um pouco. Já que ele iria esboçar um sorriso meio infantil ao ver alguém comprando sua arma. Sua voz casualmente parecia mudar de tonalidade quando Ann faria aquele tipo de abordagem:
— Que comportamento gracioso, okay... Bom, talvez... Eu tenha visto, o tal Sazai dizendo que talvez tenha descoberto alguma pista sobre o Kikoemon, ele... bem… Estava investigando o guarda que fica nos portões do vilarejo, e veja bem... Ele apareceu alguns dias depois, morto. Isso não é um pouco suspeito? Os guardas aqui são tão incompetentes que nem ao menos investigaram o que a vítima estava fazendo alguns dias antes. A propósito, você não teria interesse em...
Hagoromo Ann, por fim, fez um breve movimento de respeito com a cabeça e depois ignorou o sujeito. Sem obviamente dizer uma palavra, ela puxou a adaga do balcão e começou a se mover em direção ao portão do local. O ferreiro ficou visivelmente irritado, franzindo a testa ao perceber que a garota não lhe deu atenção e nem ao menos falou alguma coisa em sua presença. Enquanto Ann se afastava, Kuroi detecta o chakra de Nishimura Aiko na região e por fim, daria as coordenadas para Yashin se movimentar até lá. E por um breve periodo de tempo, o grupo iria se separar por um curto periodo de tempo.
Rua Isolada Por volta das 13 horas.
Uchiha Yashin se aventurou até uma região desolada, onde o frio parecia intensificar-se à medida que ele seguia para o sudeste. O ar gelado tornava sua pele tão rígida que parecia quase congelar. Em uma rua isolada, encontrou uma jovem mulher que aparentava ter 21 anos de idade, sentada em uma árvore enquanto assobia uma música um tanto macabra. Ela o observava como se ele fosse uma figura que desafiava a lógica daquele mundo, claramente ciente de que ele havia de alguma forma desbloqueado suas memórias que deveriam estar seladas, embora não compreendesse como.
Subitamente, os olhos da mulher se fecharam em uma serenidade sinistra. Com um gesto de pura graça, ela pressionou seu polegar contra o galho robusto da árvore onde repousava. Num instante, uma gaiola materializou-se diante deles, aprisionando um corvo majestoso. Este era o pássaro que o velho "Ryo" tanto mencionara, agora capturado em Kumogakure no Sato. Ao lado do corvo, uma série de objetos apareceu amarrada por uma corda: um conjunto de armas de Yashin, roupas meticulosamente dobradas e um pequeno álbum de fotografias antigas de Ryo. Com um salto ágil, a mulher se aproximou de Yashin, um espectro vermelho tingido de uma aura ameaçadora, entregando-lhe os objetos que há muito ficaram esquecidos em sua morada. Os itens caíram silenciosamente sobre o chão nevado, testemunhas mudas de um passado agora ressurgido.
Ambos desencadearam seus Sharingans, íris reluzentes refletindo um entendimento profundo. A mulher, sem um pingo de preocupação, quebrou o silêncio com um comentário sibilante, seu olhar penetrante encarando Yashin com uma intensidade gélida:
— Diga a Ryo que... Ele está velho demais para ter uma nação inteira como inimiga, francamente. — Ela comentaria cansada, parecia que não dormia fazia dias. O mal-humor em sua voz estava tão nitido que chegava a ser intimidante. — Por que todos os membros do Clã Uchiha parecem tão determinados a se meter em problemas? Se continuar desse jeito, não vamos sobreviver até o fim do século, francamente. O que custa, ficarem todos quietos numa região segura, sem se meter em perigo constante?
A expressão da mulher era um misto de preocupação e resignação, como se suas palavras fossem dirigidas não apenas a Yashin, mas também a si mesma. Após um breve suspiro ao ouvir a resposta de Yashin, ela falou com sinceridade:
— Não superestime meu doujutsu; a energia necessária para distorcer o tempo é exorbitante, até mesmo uma bijuu isolada teria dificuldade em manter o uso desses olhos de forma abusiva. Tudo o que consigo é escapar usando o tempo ao meu favor, uma estratégia que alguns podem rotular como covardia. Yomotsu-Shikome... Um olho me permite reviver breves momentos do passado compartilhado com outro indivíduo, enquanto o outro olho me projeta segundos, minutos ou até mesmo anos adiante no futuro, me desconectando do presente e até mesmo de uma era inteira. São habilidades úteis para evadir, mas sem uma fonte inesgotável de chakra... Infelizmente, não resolvem minhas angústias...
Ela fechou os olhos ao ouvir sobre a organização de Yashin, pressionando os lábios com desconforto.
— Serei franca, um dos meus objetivos de fato, é reestruturar o Clã Uchiha e torná-lo grande novamente. Gostaria muito de reviver os tempos de glória que nosso clã já teve, mas eu também, tenho o desejo obscuro de realizar o desejo do meu progeni... — Ela não completaria aquela fala, visivelmente ela não queria comentar o que estava se passando em sua cabeça. — Sua proposta é de fato interessante. Porém... sou honesta acima de tudo, Yashin-san. Yugito e Bee, eles são um dos motivos pelos quais não posso aceitar sua oferta. Se eu simplesmente aceitar, serei obrigada a futuramente, trair sua organização.
Por fim, a mulher casualmente daria as costas para Yashin e casualmente parece se mover em direção do sudeste.
— É uma pena...
Rua Isolada Por volta das 13 horas.
Madarame, habilmente disfarçado como um samurai através de seu Henge no Jutsu, parou com serenidade diante da imponente parede da grande mansão que dominava o ambiente. Seus olhos se estreitaram ao perceber Kuroi se aproximando, uma leve surpresa marcando sua expressão ao notar que o outro detectara seu chakra. No entanto, essa surpresa logo se transformou em uma expressão ponderada enquanto ele se concentrava em buscar informações naquela região.
— Estou aqui porque fui contratado para capturar o assassino desta área conhecido como Kikoemon. Infelizmente, graças a vocês, meu trabalho ficou mais complicado, pois a pessoa que eu deveria eliminar não era o tal Masamune... E agora, com a presença do temível Killer Bee, Kyosuke Yoru e Uchiha Hanako, o maldito assassino provavelmente não se mostrará tão cedo. Além disso, devo investigar quem está destruindo as estátuas ao redor da Estátua Tokiogarasu... Estou realmente sobrecarregado de trabalho. — Ele sacou um pequeno cigarro, acendendo-o com um fio de chakra que queimava a ponta do objeto enquanto ele tragava a fumaça.
Por fim ele comentaria silenciosamente:
— Assim que eu encontrar o tal assassino que está causando esse caos, devo partir para o País do Vento para mais um trabalho. E por fim, jovem... A técnica de bloqueio de memórias que provavelmente foi usada em você não é poderosa o suficiente para bloquear suas memórias, caso você passe por um estímulo forte o bastante que tenha deixado alguma marca... Se deseja revisitar suas memórias, talvez seja prudente confrontar certos traumas. Você mencionou Okabe e um tabuleiro daquela vez que desmaiou perto de mim; esses podem ser gatilhos úteis para desbloquear mais lembranças... Quem sabe...
Madarame parecia cansado por algum motivo, Kuroi viu um breve resquicio de sangue em suas unhas, pelo visto ele não tinha vindo naquele lugar apenas para matar Kikoemon, o que mais ele realmente estava fazendo naquele território?
Antes que pudessem falar mais alguma coisa, o jovem Kyosuke viu uma criatura emergir brutalmente de uma jaula, as pessoas começariam a ficar assustadas com aquela criatura bizarra que parecia se mover pelo ambiente de forma aterrorizante, o monstro iria fitar Madarame e Kuroi por um breve segundo, como se reconhecesse eles.
— Ohhhh... Um dos bichinhos de Okabe e Myuzaki estão aqui? Curioso...
O monstro iria partir numa velocidade cegante em direção de Madarame, tentando degolar o cansado assassino de aluguel, porém Kuroi poderia reagir se quissese. Provavelmente o assassino seria ágil suficiente para desviar do ataque, porém, talvez mostrar algum senso protetivo poderia aumentar sua afinidade com o mesmo.
Infelizmente, Aiko parecia vislumbrar um combate com os dois Jinchuriki da Byakuren no futuro, o que a impede de entrar na organização. Além disso, era possível que talvez tivéssemos que combatê-la no futuro. No fim, o contato com ela serviu apenas para recuperar pertences deixados em casa por mim e por meu avô. Seria inviável carregar tudo isso agora, então seria algo para recolher ao fim da missão. Manipulo minhas bandagens para esconder o pacote em meio a neve, memorizando sua localização para uma coleta posterior. Antes de guardar tudo, pego meu rádio e confirmo com Yoru sua posição atual. Como a pista passada pelo ferreiro apontava para o guarda conhecido do Kyosuke, parecia uma boa medida conversar com ele. Além disso, a presença de um usuário de Ego próximo à estátua e à Kyosuyke Rin poderia mudar o rumo da investigação. Com tudo devidamente escondido, olho para o corvo com o Sharingan e aplico um genjutsu, embutindo uma ordem para que ele ficasse nessa região, para não se perder. Com os preparativos prontos, sigo para a posição de Yoru.
Quanto tempo passamos na prisão? Não parecia que há pouco tempo haveria um festival como esses por aqui... talvez seja algo cultural, sei lá... Bom, agora não importa muito. Resolvendo esse problemão conseguimos três ferreiros para a organização, então paciência, não preciso me focar mais em achar nenhuma arma de qualidade. Logo após fomos surpreendidos pelo Muteki. Não pelo sujeito em si, já que muito provavelmente ele jamais notaria que nós éramos shinobis de Kumogakure, mas sim por aquela planta que brotava em sua nuca capaz de ser vista apenas pelos olhos do Ego. Se fosse Mokuton isso seria visto sem nossas criaturas, então posso ter a certeza de que é algo sobrenatural. Mais de uma vez acabei ouvindo falar sobre uma tal flor de Oleandro, será se possui alguma relação? Pensava, enquanto tentava ignorar ao máximo possível o Muteki e um possível Cordus naquela região. Voltava minhas atenções aos comentários daquele vendedor.
— Entendo, então quem acaba procurando sobre o Kikoemon acaba morto, é isso? Se falar dele também for uma mortis causa, não tenho a melhor notícia para você. Ok, obrigado. Bateria em retirada, apontando o rastro de chakra da mulher para o Yashin. Aproveitando sua saída, iria atrás do Madarame e dialogaria, sendo interrompido por aquele bicho que avançava sobre nós.
Okabe... Myuzaki...— Estou limitado por essa região, então não seja inútil!Doton: Retsudo Tenshou. Destruiria o solo daquele local para atrapalhar a movimentação da criatura, abrindo uma brecha para que o Madarame pudesse finalizá-lo com uma técnica assassina. Se não fosse o suficiente, diria que meu próximo movimento seria um Suiton, traduzindo-se no Suiryuudan, esperando que ele utilizasse algum Raiton que pudesse multiplicar o dano recebido. Caso o combate fosse findado por ali mesmo, continuaria o diálogo com o assassino.
— Não atrapalhamos sua missão, exceto se você não tivesse problemas de fazer isso da forma errada. Seria mais cômodo o Masamune ser morto, mas você estaria dando calote em quem solicitou seus serviços. Bom, que seja, seu contrato não é problema meu. Problema agora temos para capturar esse tal de Kikoemon, então, já que estamos na mesma situação — apontaria para a bandana fazendo um movimento de risco, indicando que ambos éramos agora procurados — por que não trabalhamos em conjunto? Você sabe como o resto do meu time é, além de que provavelmente podemos vê-lo com nossas qualidades. Se não topar trabalhar em equipe, podemos fazer trocas de informações. Eu começo: o Muteki, aquele ninja de Kumogakure, possui uma ramificação espiritual em sua nuca. Olhos normais não veriam, e imagino que doujutsus também não. Algo me diz que o problema aqui é maior que apenas um samurai assassino. Bom, espero sua colaboração agora, mesmo que seja a sua maneira, e se vier conosco eu garanto não contar sua identidade durante o período da missão, ainda que ache improvável que o Uchiha não perceba isso cedo ou tarde.
Independente, finalizaria o diálogo e buscaria contato com o Yoru, me deslocando para onde ele estivesse nos próximos minutos.
Kyosuke Kuroi rapidamente fez uma série de selos de mão, concentrando sua energia e liberando o jutsu Doton: Retsudo Tenshou. O solo da região se despedaçou, criando uma série de fissuras e desníveis que desestabilizaram a criatura. O monstro cambaleou, lutando para manter seu equilíbrio sobre o terreno instável.
Madarame, observando a situação, jogou seu cigarro no chão com um gesto despreocupado e o esmagou com o pé. Ele ergueu o braço, e em uma transformação grotesca, seu membro se metamorfoseou em um machado grotesco. Com um movimento ágil e letal, Madarame avançou contra a criatura feita de fios, desferindo um golpe tão rápido e preciso que o monstro foi partido ao meio antes que pudesse reagir.
Um grito agoniado ecoou pelo ar enquanto a criatura se dispersava em pedaços. Kuroi observou, atônito, quando algo caiu no meio da neve. Entre os fragmentos da criatura, ele viu um coração partido ao meio. Não era um coração de um animal qualquer, mas sim, o coração de um ser humano. Em menos de um segundo depois, o braço do assassino de aluguel simplesmente voltaria ao normal, como se nada tivesse acontecido, o movimento havia sido tão rápido que ninguém havia sequer visto a modificação corporal daquele indivíduo.
— Deve ser realmente complicado para você lutar, usando esse disfarce. Bom, paciência… — Ele comentaria num suspiro meio calmo e por fim responderia o garoto. — Ocasionalmente eu trabalho em grupo, mas por algum motivo, eu sempre sinto que estou sendo prejudicado pelos meus parceiros, de qualquer forma... Podemos fazer uma breve troca de informações já que você insiste, eu tenho uma certa facilidade em identificar padrões de comportamento com poucas informações e posso alegar que esse serial killer é alguém que gosta de enrolar, conversar e acima de tudo, gosta de ver as pessoas em seu ao redor, correndo em círculos. Pessoalmente ainda não encontrei um indivíduo com essas características, porém... Um maniaco dessa espécie, gosta de jogar joguinhos e se desafiar... Mesmo com tantas pessoas perigosas espalhadas por essa vila, acho difícil ele parar de continuar matando,... Talvez ele caia numa armadilha bem montada numa região que ele se sinta seguro a agir, e particularmente, só consigo imaginar um único lugar pelas informações que tenho…
Por fim, Madarame iria suspirar e se despedir de Kuroi, aparentemente ele iria fazer alguns questionamentos na região, provavelmente eles se encontrariam em outro momento. Por fim, o jovem Kyosuke decide avançar em direção de Kyosuke Yoru e deixar aquela região.
yosuke Kuroi, Uchiha Yashin e Kyosuke Yoru chegaram aos portões da Vila Maria, onde um som estrondoso de música e vozes felizes parecia inundar o local. Mesmo estando longe do festival, seus ouvidos estavam completamente preenchidos pela cacofonia. O contraste entre a celebração e a tensão palpável em seus corações era quase insuportável.
À distância, avistaram Hagoromo Ann ao lado de um grupo de samurais, Chinoike Cordis e Muteki. Todos estavam observando uma cena peculiar. A expressão no rosto deles era sombria, quase de choque, o que fez os três ninjas se aproximarem com cautela. Enquanto se aproximavam, o cheiro metálico de sangue atingiu seus narizes, e uma sensação de perigo iminente percorreu suas espinhas. Apenas quando estavam a poucos passos de distância, finalmente perceberam o horror que se desenrolava diante deles.
No meio da floresta nevada, um trio de corpos jazia perto de uma árvore. As vítimas eram duas mulheres e um homem, suas cabeças completamente explodidas em uma visão grotesca e perturbadora. O sangue escorria das feridas abertas, formando poças escuras na neve branca. Os dedos das vítimas estavam tingidos de vermelho, com as unhas brutalmente arrancadas, deixando marcas de tortura evidente. Suas roupas estavam parcialmente rasgadas, especialmente o corpo das mulheres, era perceptível que um dos corpos se tratava de uma idosa, enquanto o outro corpo se tratava de um corpo de uma samurai ruiva, o corpo do homem, porém... Estava tão desfigurado que não dava para saber que tipo de aparência, ele tinha anteriormente.
O guarda que deveria estar cuidando da entrada da vila parecia simplesmente ter sumido e ninguém conseguia acha-lo na região. Ao redor, algumas pessoas pareciam conversar em sussurros quase inaudíveis, o terror evidente em seus rostos. O festival, que antes parecia alegre e despreocupado, agora tinha uma aura sinistra, com risadas distantes soando mais como gritos abafados.
Chinoike Cordis parecia casualmente estar observando o estado do corpo das vítimas e comentaria com Muteki:
— Hm... Muteki-san, eu sei que não faz parte da nossa missão, porém... Acho melhor nós importarmos com o que está acontecendo aqui. Vou começar a usar o jutsu que criei para coletar informações, esteja por perto, caso alguém simplesmente comece a agir estranho, beleza?
Muteki casualmente olharia para o chão, visivelmente mais desanimado conforme o tempo se passava:
— Sim... Faça o que quiser. Estarei por perto...
Chinoike Cordis casualmente iria se mover em direção da vila naquele momento, aparentemente planejando utilizar seu doujutsu para coletar informações, mas antes que fizesse esse movimento, seu nariz parece captar alguma coisa. Seus olhos iriam lentamente se mover, e começar a encarar diretamente Kyosuke Kuroi e Uchiha Yashin.
— Hm...
Muteki iria comentar enquanto estava ao lado dele:
— Algum problema, Cordis-san?
— Hey... Shinobi(s) de Kirigakure no Sato, vocês estão com um tremendo cheiro de fezes... Algum motivo especial para isso? Eu tenho um nariz horrível e mesmo assim, consegui sentir esse odor insuportável de vocês. — Ele faria uma feição de nojo naquele momento, mas logo parece pensar por alguns segundos, notando quão anormais eles eram — Huh... Vocês estão aqui em missão? Não é muito comum ver indivíduos do País da Água por essas bandas. Será que eu deveria...
— Cordis-san, você se distrai com muita facilidade... Os caras tão limpo, relaxa, eu conversei com eles alguns dias atrás, eu te avisei sobre eles, lembra?
— Acho que "limpo" não é a palavra certa…
Pelo visto, seria impossível escapar de uma interação mais direta com aqueles dois. Era notável que uma palavra errada naquele momento poderia desencadear um combate. O que fariam naquele território com base nas informações atuais?
Porra mermão, agora que tu falou... foi um maluco na prisão que tacou merda na gente, bota fé? Papo é o seguinte, fomos contratados por um vilarejo de Kiri, o ferreiro e seus assistentes morreram num ataque de bandidos. A produção de armas era o que sustentava os cara, então o líder lá já deu os pulo pra tentar se resolver, substituindo os que morreram. Os samurai são cheio de ferreiro, então tentamos nossa sorte aqui. Foi nessa busca que a gente se envolveu na confusão do serial killer, o tal Kikoemon. Nosso grupo manja investigação, então o Mifune nos contratou para descobrir o culpado em troca de liberar uns ferreiros de qualidade.
Nesse momento pego o papel assinado por Mifune e mostro.
A merda na gente foi quando estávamos na prisão, questionando o suspeito.
Durante toda a conversa, ficaria atento aos movimentos de Cordis e Muteki. Qualquer sinal de ataque seria bloqueado com o Tenkai Nio, incluindo a ativação do Sharingan. Caso eles comprassem minha explicação, aproveito para perguntar.
Aliás, essas mortes que rolaram aqui, vocês viram alguma coisa?