Assim que pode ouvir a resposta de sua irmã, ficou surpreso. Por alguns segundos, rapidamente entreabriu a boca, subindo as sobrancelhas. Então ela também tinha visto aquele poder emanar de Fukushu... Aquele chakra tenebroso que literalmente rugia do interior da garota ao ser liberado. Conforme ela falava, mais tinha certeza de que aquilo não era só algo da sua cabeça. E quando ouviu as informações que ela tinha, sua ficha caiu do quão sério aquilo realmente era. Concordava quanto à ambição desmedida de kumogakure. E que isso certamente poderia, não só matar Fukushu, como também causar um desequilíbrio do poder entre as vilas ocultas. Porém tinha muito a considerar se realmente quisessem espionar um ninja de nível Kage.
- Claro, não poderia te deixar sozinha nisso, onee-san. Sei o quão desprezíveis e inescrupulosos os Kages dessa vila podem ser… - respondeu, tirando a mão do queixo para gesticular depois de ter se mantido em silêncio por alguns instantes - É só que… espionar ninjas desse nível - prosseguiu, interrompendo-se para baixar o tom - não é algo que se faça tão levianamente - ponderou, contraiu as sobrancelhas, preocupado, acenando a cabeça negativamente para a irmã - A gente precisa Muito bem antes de tentar qualquer coisa - manteve o tom bem baixo, enfatizado o “muito” e sendo extremamente cauteloso - Qualquer deslize aqui pode significar não só a nossa morte, como também uma guerra - finalizou, com a mão próxima à boca, nitidamente preocupado com a situação que era seríssima.Todavia, no meio de sua conversa foram interrompidos por um desavisado. Seiryū quase tomou um susto, imaginando que tinham sido pegos. Entretanto, não passava de um perdido e folgado querendo que lhe curassem de graça. Imaginou que ele estava perdendo tempo, porém, assim que Alice se pronunciou, surpreendeu-se mais uma vez. Então era por isso que ela tinha estado tão ocupada e apressada nas semanas antes do exame. Seiryū imaginou que ela estivesse em algum tipo de missão, já que geralmente treinavam em casa. No entanto, aquele jutsu médico explicava tudo: ela tinha encontrado outro professor além do pai deles. Assim que pode assimilar melhor as informações e todas as peças puderam se encaixar em sua cabeça, sentiu-se feliz por ela estar seguindo o seu próprio caminho. Isso, por sua vez, só o fez sentir-se mais motivado ainda para aprender novos jutsus. Por alguns instantes, fora até capaz de esquecer da situação em que tinham acabado de entrar:
“É, me decidi. Quando chegar em casa vou pedir para que Otou-san me ensine os tais jutsus que ele dizia estar fora de minha alçada” - pensou consigo, sorrindo brandamente conforme observava a técnica de cura da irmã.Manteve-se quieto, procurando ficar o mais calmo possível naquela situação, enquanto esperava a irmã terminar o tratamento. Centenas de coisas passaram por sua cabeça, mas nada parecia ser frutífero naquela situação tão complicada. Fukushu tinha mesmo conseguido causar um incidente internacional tão casualmente assim? Pareceria ridículo, se as vidas de milhões de pessoas não estivessem em jogo.
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